segunda-feira, 30 de novembro de 2009


Preconceito é Down

   A Síndrome de Down para alguns autores, não é vista como deficiência e sim um acidente genético, apresentando algumas características como: boca e orelhas pequenas, tônus muscular diminuído, aumentada e língua proeminente, mãos e pés pequenos.....enfim, características físicas.

   Só que este traz perdas, com ele acidente, faltas ou deficiências, chamem como quiser, e neste caso a falta é a deficiência intelectual (leve a severa), associadas às vezes ainda a outros comprometimentos.

  Uma característica marcante da pessoa com Síndrome de Down é a Capacidade de Interação. É mito dizer que TODOS NÃO TÊM facilidade de interação, assim como todo surdo é agressivo. Na maioria das vezes, pessoas com Síndrome de Down também são afetuosos, amáveis ou carentes, dependem muito de atenção, que resulta na interação, que é o melhor meio, aliás é o canal de se conseguir aprendizagem e / ou desenvolvimento - uma interação- seja para pessoas com deficiência ou sem.

   Portanto, falar das capacidades de pessoas com Síndrome de Down é entrar num universo complexo, pois existem vários níveis de desenvolvimento, de tempo e formas de estimulação. Sendo assim, não podemos generalizar nas nossas considerações, sobre a capacidade de interação, sendo cada caso único. Portanto as capacidades estão ligadas diretamente às influências sociais, culturais e genéticas que cada um recebeu. Nesse contexto, a participação da escola é fundamental no desenvolvimento dos indivíduos, de forma geral, porque  envolve não só os portadores de "diretos especiais", mas também os Kikyo nesse processo: professores, funcionários e toda uma comunidade escolar.

   Na escola: "A experiência de conviver com um amiguinho portador da síndrome de Down é riquíssima para qualquer criança ou adolescente. Assim, os "normais" aprendem na prática conceitos como diversidade solidariedade, ética e respeito, e todos saem ganhando". Fernanda Travassos Rodriguez, psicóloga - e terapeuta de família, doutoranda em Psicologia Clínica na PUC-Rio. http://sentidos.uol.com.br/canais/materia.asp?codpag=10878&cod_canal=33

   A família tem grande responsabilidade no desenvolvimento das crianças que nascem com síndrome de Down. O carinho, os cuidados, a preocupação dos pais ajudam e muito, proporcionando a elas o desenvolvimento intelectual. Um grande exemplo que temos é do jovem poeta e artista plástico: Romeu Neto*. A confiança e o respeito dos pais foram fundamentais para sua independência e auto-estima.

   "Outro fator importante é a leitura e a escrita para pessoas com Síndrome de Down.
    Tradicionalmente as pessoas com Síndrome de Down não sabiam ler e nem escrever. Pensava-se que não eram capazes e, portanto, não lhes ensinavam. No final da década de 60 e início anos 70 havia peritos em educação especial, que argumentavam que era impossível ensinar às pessoas com deficiência mental a ler.

   Durante os anos 80 e 90, foram surgindo diferentes teorias, que não só admitiam a possibilidade das pessoas com Síndrome de Down aprenderem a ler, mas também reconheciam as vantagens do ensino da leitura precoce.

  Estes são os pré-requesitos básicos para a leitura e escrita para pessoas com síndrome de Down adotados na Espanha:

 * Um nível mínimo de atenção, que pode ser o necessário para olhar uma ilustração.

*Um nível de memória em curto prazo, que lhe permita reter uma informação durante alguns segundos. Pouco a pouco este nível irá aumentando.

*Um nível compreensivo que pode constar de 50 palavras usuais, além de algumas instruções verbais, como “olhe”, “pegue”, “me dê”.

*Um mínimo de expressão por meio da linguagem, que não necessariamente tem que ser oral. Quer dizer, a criança pode comunicar-se com sinais ou gestos.

*Uma discriminação visual que lhe permita diferenciar uma imagem de outra.

*Uma discriminação auditiva que lhe permita diferenciar uma palavra de outra, ainda que confunda as palavras semelhantes.

*Certos hábitos de trabalho que permitam a criança manter-se sentada, atendendo às solicitações feitas.

  Do que foi apresentado se concluiu que, na atualidade, os métodos de leitura destinados a crianças com necessidades educativas especiais não consideram imprescindíveis:

· O conhecimento do esquema corporal

· A estruturação espacial

· A estruturação temporal

· A função simbólica

· Um alto nível de expressão e compreensão por meio da linguagem.

   Ao mesmo tempo, está-se comprovando que o ensino da leitura para crianças mais novas tem efeitos benéficos no desenvolvimento da linguagem. Por outro lado, não se ensina a leitura paralelamente à escrita, pois a última exige um desenvolvimento adequado de habilidades motoras finas que aparecem mais tarde".
INSTITUTO INDIANÓPOLIS

O texto em azul, acima, está disponível em: http://www.indianopolis.com.br/si/site/1139, acessado em 30/11/2009.

   Aliar o uso da informática desses indivíduos à interação, é o grande desafio dos educadores. Pois, apesar das vantagens já observadas nesse processo de ensino-aprendizagem, ainda há uma lacuna entre o desenvolvimento de softwares educacionais e seu uso efetivo nas Instituições de Ensino brasileiras, além da falta de profissionais capacitados.

  "A toda essa população deve ser garantido o direito de acesso ao mundo digital, tanto não âmbito técnico-físico (sensibilização) quanto intelectual, e uso básico, como na educação, formação, geração de conhecimento, participação e criação". [MILAGRES, 2002].

  O nosso grupo: "Preconceito é Down", do curso de Especialização, estudou sobre portadores de Síndrome de Down. Pode-se dizer que se encontram distantes do universo digital e são, na maioria das vezes, banidos do acesso às Novas Tecnologias da Informação, tanto por suas limitações físicas ou cognitivas, como também pela falta de recursos computacionais nas escolas especiais.

  Sobre a inclusão digital, em relação aos portadores de necessidades especiais, o ideal seria aliarmos ao processo de aprendizagem, atividades lúdicas, através do desenvolvimento de softwares educacionais, que visam a aprendizagem e inclusão no meio digital.


  Ainda com relação à interação dos índivíduos portadores de Síndrome de Down, disponibilizamos alguns links (vídeos e páginas interessantes) no blog, para uma reflexão: É possiível que conquistem independência e, desta forma,  melhor, qualidade de vida?

GrupoE -- MG06 -- ITA -- Organização
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Referencias Bibliográfica:


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Autores do texto:


Fonte - Preto: Sara Muniz França
Fonte - Vermelho: Emanuelle Salgado Felga
Fonte - Azul: Izabel Silvana Martins Barbosa


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Autores e texto do Gurpo: "Preconeito é Down"
O texto foi elaborado pelo Grupo: "Preconceito é Down", com a utlização da ferramenta: Google Docs.


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    Grupo: Preconceito é Down

    Curso: Especialização em Tecnologia em Educação – PUC/RIO

    Componentes:
    Emanuelle Salgado Felga
    Izabel Silvana Martins Barbosa
    Letícia Borges Moura Soares
    Maria Cristina Gonçalves
    Sara Muniz França
    Tarico Barbosa de Freitas

    Coordenadora do grupo: Sara Muniz França

    Mediadora: Cintia Borher Soares